Mostrando minha essência através da arte.
Teatro, cinema, poemas e poesias.
Sou apaixonada por contar histórias.
Mostrando minha essência
através da arte.
Teatro, cinema, poemas
e poesias.
Sou apaixonada por
contar histórias.
Olá, reservei esse lugar para colocar meus poemas e prosas, espero que você goste do conteúdo.
Boa leitura!
– Louyse Borges
Sabe o que é?
É que agosto sempre demora muito a passar
Mas parece que correu só pq eu ia viajar
Não gostei
Agosto fez isso pq me apaixonei
Queria que tivesse demorado como sempre
Assim não teria diminuído o meu presente
A coisa mais linda da vida foi te ter
Sei nem como eu pude fazer
Te conquistar se tornou meu objetivo
E é pra isso que eu vivo
A cada dia penso em novas formas de te fazer feliz
“Será que vai funcionar?” penso com o vermelho em meu nariz
Não de choro, mas de alegria
Como chorar, com esse tipo de companhia?
Meu mundo não faz mais sentido sem você
E isso você deveria saber
Só queria poder te olhar
Tocar e beijar
E assim, a pessoa mais feliz do mundo, me tornar
Mais uma vez, abraçada com você
Porque meu coração só bate, se te vê
– Louyse Borges
O que acontece com setembro?
Não sei
Pra mim tem uma magia toda especial
Deve ser porque eu nasci nesse mês
Ou será porque a primavera começa outra vez?
Flores desabrocham e ficam lindas
O sentimento dentro de mim cresce mais ainda
Sabe o que mais acontece e setembro?
Nosso aniversário, pelo que me lembro
Esse mês tão incrível não poderia ser outra coisa
Senão abrigo, do amor, da saudade,
Da dor e da felicidade.
Felicidade sim,
Em partilhar esses seis meses com você
Você é o cara mais engraçado
Que eu já conheci
Carinhoso, gentil e calmo
Charmoso, lindo, que me deixa a salvo
No mundo, que está tão perigoso e hostil
Não posso acreditar que você me viu
Em meio a essa multidão de gente
E me amou de repente
Te amo tanto meu garoto
Você sabe que pra mim sempre será um broto
Legal, fenomenal, e que arrasa no festival
Sinto muito por não estar ao seu lado nessa data
É que tudo aconteceu do nada
E nos pegou tão desprevenidos
Não vejo a hora de poder te abraçar
E no seu peito deitar
Por hora me contento
Com o breve momento em que nos vemos
Ah! Que festa! Enfim começa a primavera
Acho que esqueceram de me avisar sobre ela
Poxa! Porque aqui estou no outono
Mas não me preocupo, porque em 2020 meu ano vai ter duas primaveras
– Louyse Borges
É engraçado como damos valor as coisas só depois que as perdemos. Estou aqui, deitada em minha cama, presa em um quarto de 9m2, isso para evitar que
uma pandemia se alastre ainda mais. O Covid-19 surgiu na China e foi se espalhando pelo mundo, até chegar na Itália e também na França, país em que estou
agora.
Não, não estou em Paris, mas sim em uma cidade que fica na Bretanha francesa e se chama Rennes. Vim fazer um ano de intercâmbio e jamais pensei que
isso iria me acontecer, tanto o próprio intercâmbio, quanto o confinamento. A França não é meu país. E não, eu não gosto quando as pessoas do meu
convívio me chamam de francesa. Não sou. Sou brasileira e o Brasil sempre será meu país. Por diversos motivos resolvi deixá-lo, primeiro por um ano e
futuramente por tempo indeterminado.
Entre tantos motivos o maior é a escolha da minha profissão, sou artista, atriz especificamente, e infelizmente não consigo enxergar um futuro em que eu e
meu Brasil sigamos juntos e realizados, por isso, fiz essa dura escolha.
Mas voltando para o quarto em que estou, sigo na mesma posição em que comecei o texto, e são 2h da manhã. O tempo aqui passa diferente, parece que
muita coisa acontece em um mês, e o mês passado parece que está há anos de distância. É engraçado viver essa dilatação do tempo, levando em conta que eu
sempre fui apaixonada por questões que envolvem o espaço-tempo e nunca pensei ser capaz de vivenciar algo dessa magnitude.
Sigo aqui, e sinto falta do Brasil, mas não é uma saudade comum, como a que sinto dos meus pais e dos meus amigos, até porque essa eu sinto todo dia. É
uma falta específica.
Sinto falta do sol. O sol esquentando a minha pele e às vezes me fazendo suar. Aqui não tem sol quente há seis meses, e está sempre nublado. Passei pelo
outono e pelo inverno sem fim, mas finalmente a primavera chegou, e infelizmente não posso sair de casa para encontrar com ela, a minha estação preferida.
Sinto falta do céu de Brasília, um azul tão bonito e vivo que quase consigo sentir meus dedos o tocarem quando levanto as mãos. E ele a noite é uma das
coisas mais lindas que já vi, cheio de estrelas e com uma lua tão brilhante quanto uma pedra preciosa. Sinto falta do canto dos pássaros e do latido dos
cachorros. Aqui é muito silencioso e quando tem algum barulho na rua, é um carro ou um ônibus passando.
As pessoas não se falam na rua, é quase como se estivessem ali apenas para completar a paisagem. Sinto falta dos sorrisos e dos abraços, do contato, das
pessoas se ajudando e tentando puxar assunto na fila do supermercado.
Sinto falta do vento. O vento que me refresca nos dias quentes, e me faz sentir frio nos dias frios. O vento que apesar de as vezes parecer atrapalhar, só
ajuda. Aqui, o vento frio queima o rosto, preciso usar protetor solar toda vez que vou sair de casa.
Sinto falta do pão francês, que, apesar de parecer irônico, não existe na França. Aqui as pessoas comem baguette e pães de forma, mas o pão francês, ele
nem é fabricado. Sinto falta de ir na padaria do mercado e sentir o cheiro do pão francês.
E por falar em cheiro, sinto falta do cheiro de Brasil. O cheio de café fresco, de pão quentinho, de pão de queijo, de bolo de milho. O cheio de terra
molhada, o cheiro da grama recém cortada e até o cheiro de gasolina. Que falta me faz os cheiros, cada um me lembra um momento específico, e que
nostálgica a sanção de lembrar deles.
Sinto falta do movimento. Aqui vejo pessoas, carros, ônibus e bicicletas indo pra lá e pra cá, mas não sinto a energia da cidade se movimentar, parece
sempre a mesma
coisa: uma cidade como qualquer outra que não é brasileira.
Sinto falta do cuidado. Sinto falta de como as pessoas se preocupam umas com as outras e se propõe a ajudar independente de quem seja. Também sinto
falta de fazer
amigos, não que eu não tenha feito, mas é que no Brasil basta uma conversa para ser amigo de alguém. E aqui as pessoas demoram até meses para
começarem a falar de suas vidas.
Não se engane, falando assim até parece que não gosto de estar aqui, mas é que o texto é sobre o meu país e não sobre o lugar em que estou agora.
Todo dia olho para a janela e penso: vou voltar para o meu país. Depois me lembro que não posso, estou de quarentena nesse quarto e não faço ideia de
quando vou ver minha casa de novo.
É engraçado como toda vez em que eu escrevo sobre você me faltam palavras para terminar o poema.
Não porque eu não sei o que escrever,
pelo contrário, eu sei exatamente o que quero dizer
Mas porque as palavras não parecem suficiente
Para expressar o que tenho no coração e na mente
Você é a sensação pura e verdadeira
Cada vez que te sinto penso besteira
Um toque, um gesto, um olhar
E as palavras começam a faltar
É surpreendente
Como cada encontro é diferente
Rápidos ou vagarosos
Me sinto dentro daqueles filmes melosos
Talvez seja essa a solução
Te fazer um filme
Para mostrar a minha emoção
Ou talvez, por palavras, você seja inexplicável
Mas completamente sentível
Penso em você
Sinto o toque da sua pele em contato com a minha
Das sensações que você me traz, essa é uma das preferidas
Penso em você
O que será que está pensando?
Será que está preocupado ou relaxando?
Teu corpo é onde encontrei abrigo para o meu
Meu corpo
O toque da pele
O respirar
O habitar
Queria eu poder te tocar o tempo todo
Olá, reservei esse lugar para colocar meus poemas e prosas,
espero que você goste do conteúdo.
Boa leitura!
– Louyse Borges
Sabe o que é?
É que agosto sempre demora muito a passar
Mas parece que correu só pq eu ia viajar
Não gostei
Agosto fez isso pq me apaixonei
Queria que tivesse demorado como sempre
Assim não teria diminuído o meu presente
A coisa mais linda da vida foi te ter
Sei nem como eu pude fazer
Te conquistar se tornou meu objetivo
E é pra isso que eu vivo
A cada dia penso em novas formas de te fazer feliz
“Será que vai funcionar?” penso com o vermelho em meu
nariz
Não de choro, mas de alegria
Como chorar, com esse tipo de companhia?
Meu mundo não faz mais sentido sem você
E isso você deveria saber
Só queria poder te olhar
Tocar e beijar
E assim, a pessoa mais feliz do mundo, me tornar
Mais uma vez, abraçada com você
Porque meu coração só bate, se te vê
– Louyse Borges
O que acontece com setembro?
Não sei
Pra mim tem uma magia toda especial
Deve ser porque eu nasci nesse mês
Ou será porque a primavera começa outra vez?
Flores desabrocham e ficam lindas
O sentimento dentro de mim cresce mais ainda
Sabe o que mais acontece e setembro?
Nosso aniversário, pelo que me lembro
Esse mês tão incrível não poderia ser outra coisa
Senão abrigo, do amor, da saudade,
Da dor e da felicidade.
Felicidade sim,
Em partilhar esses seis meses com você
Você é o cara mais engraçado
Que eu já conheci
Carinhoso, gentil e calmo
Charmoso, lindo, que me deixa a salvo
No mundo, que está tão perigoso e hostil
Não posso acreditar que você me viu
Em meio a essa multidão de gente
E me amou de repente
Sinto muito por não estar ao seu lado nessa data
É que tudo aconteceu do nada
E nos pegou tão desprevenidos
Não vejo a hora de poder te abraçar
E no seu peito deitar
Por hora me contento
Com o breve momento em que nos vemos
Ah! Que festa! Enfim começa a primavera
Acho que esqueceram de me avisar sobre ela
Poxa! Porque aqui estou no outono
Mas não me preocupo, porque em 2020 meu ano vai ter
duas primaveras
– Louyse Borges
É engraçado como damos valor as coisas só depois que as
perdemos. Estou aqui, deitada em minha cama, presa em
um quarto de 9m2, isso para evitar que uma
pandemia se alastre ainda mais. O Covid-19 surgiu na
China e foi se espalhando pelo mundo, até chegar na Itália e
também na França, país em que estou agora.
Não, não estou em Paris, mas sim em uma cidade que fica
na Bretanha francesa e se chama Rennes. Vim fazer um ano
de intercâmbio e jamais pensei que isso iria me
acontecer, tanto o próprio intercâmbio, quanto o
confinamento. A França não é meu país. E não, eu não gosto
quando as pessoas do meu convívio me chamam de
francesa. Não sou. Sou brasileira e o Brasil sempre será
meu país. Por diversos motivos resolvi deixá-lo, primeiro
por um ano e futuramente por tempo indeterminado
Entre tantos motivos o maior é a escolha da minha
profissão, sou artista, atriz especificamente, e infelizmente
não consigo enxergar um futuro em que eu e meu Brasil
sigamos juntos e realizados, por isso, fiz essa dura escolha.
Mas voltando para o quarto em que estou, sigo na mesma
posição em que comecei o texto, e são 2h da manhã. O
tempo aqui passa diferente, parece que muita coisa
acontece em um mês, e o mês passado parece que está há
anos de distância. É engraçado viver essa dilatação do
tempo, levando em conta que eu sempre fui apaixonada
por questões que envolvem o espaço-tempo e nunca pensei
ser capaz de vivenciar algo dessa magnitude.
Sigo aqui, e sinto falta do Brasil, mas não é uma saudade
comum, como a que sinto dos meus pais e dos meus amigos,
até porque essa eu sinto todo dia. É uma falta
específica.
Sinto falta do sol. O sol esquentando a minha pele e às
vezes me fazendo suar. Aqui não tem sol quente há seis
meses, e está sempre nublado. Passei pelo outono e pelo
inverno sem fim, mas finalmente a primavera chegou,
e infelizmente não posso sair de casa para encontrar com
ela, a minha estação preferida.
Sinto falta do céu de Brasília, um azul tão bonito e vivo
que quase consigo sentir meus dedos o tocarem quando
levanto as mãos. E ele a noite é uma das coisas mais
lindas que já vi, cheio de estrelas e com uma lua tão
brilhante quanto uma pedra preciosa. Sinto falta do canto
dos pássaros e do latido dos cachorros. Aqui é muito
silencioso e quando tem algum barulho na rua, é um carro
ou um ônibus passando.
As pessoas não se falam na rua, é quase como se
estivessem ali apenas para completar a paisagem. Sinto
falta dos sorrisos e dos abraços, do contato, das pessoas se
ajudando e tentando puxar assunto na fila do supermercado.
Sinto falta do vento. O vento que me refresca nos dias
quentes, e me faz sentir frio nos dias frios. O vento que
apesar de as vezes parecer atrapalhar, só ajuda. Aqui, o
vento frio queima o rosto, preciso usar protetor solar toda
vez que vou sair de casa.
Sinto falta do pão francês, que, apesar de parecer irônico,
não existe na França. Aqui as pessoas comem baguette e
pães de forma, mas o pão francês, ele nem é
fabricado. Sinto falta de ir na padaria do mercado e sentir o
cheiro do pão francês.
E por falar em cheiro, sinto falta do cheiro de Brasil. O
cheio de café fresco, de pão quentinho, de pão de queijo, de
bolo de milho. O cheio de terra molhada, o cheiro da
grama recém cortada e até o cheiro de gasolina. Que falta
me faz os cheiros, cada um me lembra um momento
específico, e que nostálgica a sanção de lembrar deles.
Sinto falta do movimento. Aqui vejo pessoas, carros,
ônibus e bicicletas indo pra lá e pra cá, mas não sinto a
energia da cidade se movimentar, parece sempre a mesma
coisa: uma cidade como qualquer outra que não é brasileira.
Sinto falta do cuidado. Sinto falta de como as pessoas se
preocupam umas com as outras e se propõe a ajudar
independente de quem seja. Também sinto falta de fazer
amigos, não que eu não tenha feito, mas é que no Brasil
basta uma conversa para ser amigo de alguém. E aqui as
pessoas demoram até meses para começarem a falar
de suas vidas.
Não se engane, falando assim até parece que não gosto de
estar aqui, mas é que o texto é sobre o meu país e não sobre
o lugar em que estou agora.
Todo dia olho para a janela e penso: vou voltar para o meu
país. Depois me lembro que não posso, estou de quarentena
nesse quarto e não faço ideia de quando vou ver
minha casa de novo.
É engraçado como toda vez em que eu escrevo sobre você
me faltam palavras para terminar o poema.
Não porque eu não sei o que escrever,
pelo contrário, eu sei exatamente o que quero dizer
Mas porque as palavras não parecem suficiente
Para expressar o que tenho no coração e na mente
Você é a sensação pura e verdadeira
Cada vez que te sinto penso besteira
Um toque, um gesto, um olhar
E as palavras começam a faltar
É surpreendente
Como cada encontro é diferente
Rápidos ou vagarosos
Me sinto dentro daqueles filmes melosos
Talvez seja essa a solução
Te fazer um filme
Para mostrar a minha emoção
Ou talvez, por palavras, você seja inexplicável
Mas completamente sentível
– Louyse Borges
Penso em você
Sinto o toque da sua pele em contato com a minha
Das sensações que você me traz, essa é uma das preferidas
Penso em você
O que será que está pensando?
Será que está preocupado ou relaxando?
Teu corpo é onde encontrei abrigo para o meu
Meu corpo
O toque da pele
O respirar
O habitar
Queria eu poder te tocar o tempo todo.
– Louyse Borges